Ele é conhecido como o “furacão” do associativismo. Assemelha-se a um estadista por sua capacidade de articular e conduzir quaisquer polêmicas. Defende, luta, dialoga, argumenta e, pelo caminho, faz amigos tão leais que entram nessa batalha com ele. É repleto de projetos, mas o que faz seus olhos brilharem é a proteção veicular. E por esse projeto, nosso entrevistado dessa edição, já participou de importantes debates no Congresso Nacional, recebeu aplausos, prêmios no Legislativo e tem feito com que a proteção veicular seja respeitada como tal.
Com a palavra, o presidente da FAN, Cauby Morais!
Eu ouvia dizer de experiências associativas e a sua força de transformação, mas o meu primeiro contato concreto com a atividade foi em 2005, momento do nascimento das duas primeiras associações de “proteção veicular”. Eu me lembro que havia muito preconceito, visto ser, naquela época, um modelo aos olhos da sociedade de algo primitivo, poucos processos tecnológicos e rala consciência de quem éramos. Quando conheci o modelo mutualista da proteção veicular, imediatamente, procurei um espaço que me coubesse. Visto a pouca estrutura no atendimento ao associado, eu e o meu então sócio, Ronaldo Pinheiro, em 2005, criamos a primeira empresa de assistência 24 horas focada no atendimento às associações de proteção veicular.
Por meio da assistência, criada para atender a demanda do novo segmento que surgia, fomos diversificando e desenvolvendo processos, serviços e produtos para as associações.
Com a expansão do setor e o surgimento de milhares de associações Brasil afora, começamos a aparecer e era necessária representatividade. Então, por meio de iniciativa das próprias associações, em 2014, nasceu a FAN. Tive a honra de participar da primeira diretoria, em que o José Arthur era presidente e, posteriormente, me coube a missão de substituí-lo e dar continuidade ao seu belíssimo trabalho.
O modelo associativista é a base da sociedade. Todos nós, sem exceção, praticamos o associativismo em todos os momentos da nossa vida. O simples fato de estarmos presentes em uma comunidade, vila, cidade ou país é um modelo associativo. O clube social, a igreja, a família… tudo isso é o associativismo. O bacana do modelo são as suas características democráticas, em que pessoas diferentes se tornam iguais. Não importa quem você é, o pacto associativo nos assemelha e nos trata como iguais. Isto é fascinante.
Eu tive a felicidade de presidir a FAN num momento em que os debates estavam bastante acirrados e, talvez tenha construído uma imagem de um presidente de combate, pois houve momentos em que tivemos que confrontar os nossos opositores. Penso que, naquele tempo, o associativismo tinha que ser respeitado e era necessário nós nos reconhecermos e lutarmos, obviamente de forma pacifista. Mas naquele tempo, também criamos bons relacionamentos, pois passamos a ser reconhecidos. Estabelecemos parcerias com instituições, fomos reconhecidos pelas assembleias legislativas de inúmeros estados, recebemos homenagens Brasil afora e a nossa representatividade foi crescendo.
Eu me lembro em que todas as vezes que algum órgão ou entidade me propunha uma homenagem, nunca aceitei se não fosse extensivo às associações. Assim, fomos arrastando uma legião de associações por todos os cantos do Brasil.
É importante ressaltar que eu nunca estive sozinho e o meu chamado sempre foi atendido e as associações estavam presentes. Em 2018, talvez no momento mais delicado da nossa história, pois o deputado federal e representante dos interesses do mercado de seguros, Lucas Vergílio, apresentou um Projeto de Lei que, aos meus olhos, acabaria com o modelo da proteção veicular. Arrastamos uma multidão para a Câmara dos Deputados e mostramos o que o associativismo representava no Brasil.
Conseguimos, também, graças à competência dos advogados no Brasil, conceituar a atividade da proteção veicular no Judiciário. Em 2018, a FAN, por meio do advogado Gabriel Martins Teixeira Borges, participou do primeiro caso trânsito julgado no Brasil.
Hoje, seguimos construindo uma FAN que nos representa bem e que nos traz o que chamo de consciência associativa, pois se soubermos quem somos, dos nossos deveres e direitos, nos tornamos cada dia mais fortes.
Temos diversos projetos e que, felizmente, já estão em andamento, como: ascensão da consciência associativa, união das associações, promoção de simpósios e encontros nacionais, fortíssima articulação com parlamentares de diferentes esferas políticas de forma a nos representar no Congresso e no Senado, debates pulsantes e de altíssimo nível sobre o associativismo, fortalecimento de nossa comunicação com os representantes de cada associação, engajamento em projetos sociais, como o Projeto Sorriso, criação da Universidade FAN, em que promoveremos cursos diversos para diretores e consultores. Por último e não menos importante, a criação de projetos de leis que reconheçam a proteção veicular e a tão sonhada regulação das associações. O trabalho tem sido enorme, feito com muita dedicação, mas tenho certeza de que colheremos lindos frutos.
A palavra melhor é algo extremamente pessoal, pois como as associações são arranjos de particulares é fundamental que o futuro associado conheça a associação e veja se os objetivos são convergentes com os seus desejos e expectativas.
Estar associado nos coloca com direitos e obrigações, então, é importante haver sinergia.
Agora, é extremamente importante que o futuro associado procure conhecer a associação e a sua reputação junto aos associados e aos prestadores de serviços, pois, tal como acontece em qualquer atividade, pode haver desvios de finalidade.
Eu sempre digo que desvios pontuais não podem descredibilizar um segmento. Sabemos que há postos de combustível com combustíveis adulterados, mas isso não é regra.
Busque as reclamações nos sites de reclamações, pesquise processos e ouça o testemunho de prestadores e associados.
Parece clichê, mas a união de fato é força. A sociedade é um arranjo associativo que exemplifica a força da união. Estar sozinho nunca é a melhor opção. Quando nos juntamos, dividimos sonhos, esforços, nos protegemos mutuamente e fazemos, coletivamente, melhores negócios. Com o ajuntamento associativo nos tornamos representados e ganhamos voz e visibilidade.
A FAN representa a potencialização do associativismo, pois somos, na prática, uma grande associação que representa o setor associativo. Não consigo ver o segmento sem a FAN.
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